Karl Marx & Friederich Engels
Karl Heinrich Marx, economista, socialista e filósofo alemão, nasceu numa família de classe média, em Tréveris a 05 de maio de 1818 e faleceu em Londres a 14 de março de1883. Foi um intelectual considerado um dos fundadores da sociologia. Estudou na universidade de Berlim, e formou-se em doutorado, em 1841, com a tese Sobre as diferenças da filosofia da natureza de Demócrito e de Epicuro.
Em 1842 tornou-se redator-chefe da Gazeta renana. Com o fechamento do jornal, em 1843, emigra para França, onde casou-se neste mesmo ano com Jenny Von Westphalen. Em 1844, edita o 1º volume dos Anais Germânicos-Franceses, órgão principal dos hegelianos da esquerda. Entretanto rompeu logo com os líderes deste movimento, Bruno Bauer e Ruge.
Em 1844, conheceu em Paris, Friederich Engels, começo de uma amizade para a vida toda. Foi no ano seguinte expulso da França, radicando-se em Bruxelas e participando de organizações clandestinas de operários e exilados.
Durante maior parte de sua vida adulta, sustentou-se com artigos que publicava ocasionalmente em jornais alemães e americanos e por diversos auxílios financeiros vindo de seu amigo Engels, que vivia em Manchester em boas condições financeiras.
Friederich Engels, nasceu 28 de novembro de 1820 e morreu em 05 de agosto de 1895. Era filho de um rico industrial de Barmen (Alemanha). Protetor e principal colaborador de Karl Marx na elaboração das teorias do materialismo histórico.
Quando estudante, adere ás idéias de esquerda, o que o aproxima de Marx. Assume por alguns anos a direção de uma das fabricas do pai, e as observações nesse período formam a base de uma de suas principais obras: A situação de uma classe trabalhadora na Inglaterra.
Friederich Engels junto com Karl Marx fundou o chamado socialismo científico ou comunismo.Dentre as obras mais conhecidas produzidas por ambos destacam-se: O manifesto comunista e o Capital.
A obra “O Capital” é um livro que mostra estudos sobre a teoria do valor, da mais-valia, o acumulo do capital. Identificando que o excedente originado pelos trabalhadores acaba sempre nas mãos dos capitalistas, classe que fica cada vez mais rica as custas do empobrecimento do proletariado.
Marx defendia a idéia de que a classe trabalhadora deveria unir-se com o propósito de derrubar os capitalistas e aniquilar de vez a característica abusiva deste sistema. Segundo ele o capitalismo era o maior responsável pela desorientação humana, e pelas crises que se viam cada vez mais intensificadas pelas grandes diferenças sociais.
No que se refere a educação, está não ocupou um lugar central nas obras de Marx. Sua principal preocupação fora o estudo das relações socioeconômicas e políticas e seu desenvolvimento no processo histórico. Entretanto a questão educacional está enredada em suas obras. Existem alguns textos que Marx, juntamente com Engels, redigiu sobre a formação e o ensino em que a concepção de educação está articulada com o horizonte das relações socioeconômicas daquela época. Assim para compreendermos qual sua perspectiva no processo educativo, precisamos passar pelo seu modo de compreender a sociedade.
Para Marx, a essência do homem é o conjunto das relações sociais. A humanização do ser biológico e específico só se dá dentro e pela sociedade.
Para compreensão do processo educativo, deve-se compreender o mundo do trabalho e o âmbito de suas relações. A divisão do trabalho conduz a diferentes interesses, ocasionando até interesses opostos. Temos como exemplo a divisão entre campo e cidade, entre o trabalho comercial e industrial.
Para Marx e Engels a economia capitalista desfaz aquele caráter edificante, socializante e humanizante do trabalho. O ser humano passa a representar uma força de trabalho que é vendida aos proprietários dos meios de produção como aparente garantia de sua sobrevivência.
A educação na sociedade capitalista é um elemento de manutenção da hierarquia social. Atualmente a situação não parece ser muito diferente.
Uma das possibilidades de superar as diferenças e promover a emancipação do ser humano reside na integração entre ensino e trabalho.
Assim o ensino aparece como instrumento para o conhecimento e também para a transformação da sociedade e do mundo. O proletariado, não conquista, por si só, a suas consciência de classe, sua consciência política, pois sempre foi privado dos meios que lhe permitiriam consegui-lo. Por isso, há a necessidade de um processo educativo pautado em um projeto político e pedagógico definido e voltado aos interesses da maioria excluída.
A proposta de Marx e Engels recupera o sentido do trabalho como atividade vital em que o homem humaniza-se sempre mais ao invés de alienar-se e a educação é concebida, não como processo de dominação e manutenção do status mas como processo de transformação dessa situação.
O atual sistema educativo no Brasil vem confirmando o que se diz sobre reprodução, exclusão e dominação.os Projetos Políticos pedagógicos existem e são propostos, mas são postos em andamento somente aqueles que legitimam o sistema e que não apresentam para eles uma ameaça.